quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Belo Monte, a oposição de ONGs, de artistas da Globo, da imprensa e a mídia cúmplice da Chevron

Este texto com o vídeo e comentários está aqui: http://jblog.jb.com.br/palavralivre/2011/11/22/1117/

Nunca vi tanta comédia e tanto comediante em um vídeo só…

“Ministro Paulo Bernardo: cadê a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo”. (Davis Sena Filho)

Acabo de ver a propaganda, um vídeo de atores da TV Globo contra a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Percebo, porém, a total falta de senso crítico dessas pessoas urbanas e que pensam que o mundo se resume em Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Paris, Miami e Londres. Os argumentos contrários e negativos contra Belo Monte chegam a ser ridículos, se não fosse a manipulação e a desinformação, que deixam claro que por trás desses mauricinhos e patricinhas existem ONGs estrangeiras a serviço dos interesses de seus países e a Globo, porta-voz contumaz e tradicional dos grandes capitalistas, sendo que ela própria é um deles.

Não posso pensar de outra forma, bem como não me eximirei de dizer que a peça publicitária desinforma a população, principalmente a parte dela mais exposta a factóides, que é a classe média de perfil conservador e que acredita em Papai Noel, porque pobres e ricos realmente não creem no homem que se veste de vermelho e usa barba branca a anunciar os presentes para aqueles que se comportaram direito o ano todo. Acontece que quem está a se comportar mal são os atores da Globo e seus patrões, que se associaram a movimentos ambientalistas do exterior que querem interferir no processo de desenvolvimento brasileiro, sem, no entanto, se preocupar com o combate às desigualdades sociais e regionais. O Brasil luta contra a miséria e quer, por intermédio dos governos trabalhistas de Lula e de Dilma retirar milhões de cidadãos da linha de pobreza.

Enganam-se aqueles desavisados que insistem em afirmar que a luta contra a pobreza é de caráter assistencialista, porque não é. Existe, sim, um programa de governo colocado em prática há quase dez anos e que é, reiteradamente, desqualificado pela imprensa privada, que insiste tomar o lugar da oposição político-partidária do grupo formado por PSDB-DEM-PPS, que não tem projeto para o Brasil e nem programa de governo e por isso perdeu as últimas três eleições e poderá perder a quarta, em 2014.

Contudo, tiveram no segundo turno o apoio velado da Marina Silva para o público, porém firmado e concretizado nos bastidores. Foi dessa maneira que a Marina agiu para se vingar após ser demitida por incompetência do Ministério, além de se aliar a ONGs financiadas por organismos financeiros que teimavam em boicotar e se opor aos interesses do Brasil no que concerne ao seu desenvolvimento econômico e social, bem como no que tange ao seu programa ambientalista, apresentado de forma surpreendente para o mundo na 15ª Conferência de Copenhagen, capital da Dinamarca, em dezembro de 2009. O atual secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, realizou em menos de dois anos à frente do Ministério do Meio Ambiente o que Marina Silva não conseguiu fazer em quase sete anos no poder.

O Brasil, então, apresentou propostas e metas concretas para combater o desmatamento, a poluição e a degradação dos ecossistemas, o que está a ser realizado com seriedade. Quem duvida que acesse o portal da transparência do Governo Federal (ferramenta que o governo tucano de São Paulo não oferece aos paulistas) e observe as ações e os números, no que vai se surpreender quando os compararmos com os números do governo entreguista e privatista do neoliberal FHC, um retumbante fracasso social e econômico, porque nesse tempo o Brasil foi três vezes ao FMI de joelhos e com o pires na mão.

A humilhação total somente comparável quando o ministro de Estado das Relações Exteriores desse governante tucano que vendeu o patrimônio brasileiro que ele não construiu tirou os sapatos no aeroporto de Nova Iorque a mando de um agente subalterno daquele país yankee. O nome do ex-chanceler é Celso Lafer.

Nunca vi tanta subserviência e pusilanimidade. Complexo de vira-lata na veia.

Por intermédio desse lamentável e vergonhoso episódio tive a certeza, inquestionável, que quem tem complexo de vira-lata são nossas elites e não o grande povo trabalhador brasileiro. O ministro de meias no aeroporto foi o símbolo maior daquele governo capacho, do Brasil, infelizmente, de joelhos, sem norte e, conseqüentemente, sem rumo. Um absurdo que eu não quero ver nunca mais até a minha morte.

Apesar de a Conferência ter sido multilateral, o Brasil apresentou, independente de acordos, propostas reais e factíveis. O encontro no país europeu escandinavo teve também por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, que os EUA se recusaram a assinar no tempo do Governo Bush. O problema é que os países considerados ricos ou ex-ricos, a crise internacional de 2008 perdura até hoje, querem impor regras para os pobres e emergentes quanto à questão ambiental, mas se recusam a fazer seus deveres de casa, porque não querem parar de consumir e com isso fomentar seus mercados e exportar.

Outro fato que está a chamar a atenção é a questão da irresponsabilidade da Chevron-Texaco, com a cumplicidade lamentável da imprensa burguesa nativa, que não satisfeita em poluir o Golfo do México e prejudicar até mesmo os EUA (a multinacional petroleira é de lá), agora polui na Bacia de Campos porque desrespeitou as normas de segurança, além de não ter equipamentos e ferramentas adequados para perfurar poços de petróleo em solo tão profundo.

A imprensa de negócios e privada durante cerca de dez dias tergiversou, dissimulou sobre o crime ambiental e ficou a publicar releases elaborados na Assessoria de Imprensa da Chevron-Texaco, sócia da TV Globo no que diz respeito a ser um dos principais anunciantes da empresa televisiva que no passado apoiou a ditadura militar. A imprensa tupiniquim fez, vergonhosamente, papel de cúmplice da Chevron-Texaco, amenizou inicialmente a barberagem gananciosa e depois teve de mostrar o derramamento de petróleo porque as redes sociais, os blogs progressistas e o governo abriram a boca e furaram o bloqueio da velha imprensa.

Se fosse a Petrobras, não duvidem, as manchetes jornalísticas seriam garrafais e a “grita” seria enorme. A Globo News iria tirar seus especialistas de prateleiras e ficaria durantes horas e dias a “malhar” a Petrobras, a maldizer a empresa estatal e a agredir o governo trabalhista sem parar. Questionariam, sem sombra de dúvida, a capacidade da Petrobras em administrar o Pré-Sal, apesar de saber que a estatal brasileira é a petroleira que tem mais condições e capacidade técnica e logística no mundo para tirar petróleo em águas profundas.

Quero salientar e lembrar que essa mesma imprensa de negócios privados combateu, inadvertidamente e irresponsavelmente, a fundação da Petrobras no dia 3 de outubro de 1953 pelo governo do trabalhista e estadista Getúlio Vargas. O político trabalhista ainda criou a Vale do Rio Doce, que foi vendida pelo entreguista e neoliberal FHC, professor que não criou uma única escola técnica durante oito anos de seu governo de índices sociais baixos e até negativos.

Agora, eu pergunto: cadê a ex-petista e ex-verde Marina Silva? O gato comeu a língua dela? Não. Ela se calou porque não vai cooperar com o governo trabalhista no que é relativo à Chevron-Texaco. Ela traiu o governo e o seu partido, o PT, como o fez também o senador Cristóvão Buarque, que no episódio da ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que é do seu partido, o PDT, calou-se, e quando abriu a boca foi para apagar a fogueira com gasolina. Até o momento, nada foi comprovado contra o ministro. Como a imprensa comercial e privada não conseguiu chegar a ele para derrubá-lo e com isso tentar engessar o governo de Dilma Rousseff, a solução foi publicar uma foto em que ele pega carona em um avião. Este foi o crime para a imprensa e parte da sociedade brasileira de perfil conservador.

Acontece que, dias e dias depois, repórteres da TV Globo sobrevoam a Bacia de Campos para filmar e relatar a situação que eles estão a ver no que é referente ao desastre e ao crime ambiental que tem a assinatura e as impressões digitais da Chevron-Texaco. Até aí tudo bem, se não fosse a petroleira yankee cliente das Organizações(?) Globo, no que diz respeito a negócios e à publicidade. Os repórteres da Globo podem pegar carona, não é isso? É ético, não é? Então, tá! Lembrei desse fato só para constar. Mas, para bom entendedor, meia palavra basta.

Voltemos ao Cristóvão. Demitido no primeiro governo Lula, bandeou-se para oposição de forma dissimulada e passou a fazer o jogo da velha imprensa golpista, juntamente com o senador Álvaro Dias, tucano e replicador, nas segundas-feiras, de notícias sobre “crises” e factóides publicados no fim de semana pela imprensa corporativa e golpista, verdadeira fábrica de crises. Cristóvão prejudicou a reeleição de Lula em 2006. E Marina dificultou, e muito, a eleição de Dilma Rousseff em 2010. Tanto é verdade que José Serra, candidato da direita partidária e empresarial e da ala da Igreja Católica conservadora, conseguiu ir para o segundo turno.

Todavia, retornemos à hidrelétrica de Belo Monte. Grupos privados midiáticos notadamente a TV Globo, a Folha de S. Paulo e a Veja, associaram-se a ONGs estrangeiras para sabotar o plano estratégico e de desenvolvimento do Brasil ora em curso pelo governo trabalhista da presidenta Dilma Rousseff. É um plano de reestruturação do País que não é mostrado, de forma alguma, pela imprensa e pelas televisões comerciais, como, por exemplo, a mega obra da transposição do Rio São Francisco, que é uma pá de cal no domínio dos coronéis nordestinos como o cearense e cadidato derrotado a senador Tasso Jereissati.

A TV Globo, que é a caixa de ressonância da plutocracia nacional e internacional, tem o papel de manipular os fatos e fazer com que os interesses políticos e financeiros dos verdes em âmbito mundial sejam considerados justificáveis pela opinião pública brasileira, especialmente a classe média, compradora contumaz do pensamento do sistema midiático de direita, que assumiu de fato a oposição política ao Governo Federal porque percebeu que a oposição partidária não tem programa e muito menos condições, no momento, de derrotar a presidenta Dilma em uma eleição, além de saber que o Governo tem maioria tanto na Câmara quanto no Senado.

A minoria no Congresso é o tendão de Aquiles dos jornalistas que abraçaram os interesses de seus patrões e das famílias proprietárias da imprensa hegemônica, comercial e privada brasileira. E eles, podem acreditar, odeiam a realidade que se apresenta, cujo responsável maior pela existência dela é o presidente Lula, que derrotou nas últimas eleições dezenas de caciques estaduais ao pedir diretamente para o povo de cada estado que não votasse neles.

Por isso também o ódio a Lula, que eles não o esquecem jamais, porque temem que o estadista resolva concorrer as próximas eleições. Eles aturam, com muito rancor e desprezo, a presidenta Dilma, mas o Lula novamente na Presidência para essa elite preconceituosa e que detesta o Brasil e o seu povo seria por de mais intragável. A imprensa burguesa agiu assim também com o estadista Getúlio Vargas, político responsável pela criação do Brasil moderno, quando ele deixou o poder em 1945 e retornou por meio do voto em 1950.

Nesses cinco anos de interregno, mesmo Getúlio praticamente “exilado” em seu campo, a imprensa lacerdista (até hoje o é) nunca deixou de atacá-lo porque não conseguia esquecê-lo jamais. A mesma coisa acontece com o Lula, político que sabe que a imprensa difama, calunia e injuria, como o faz no momento com o ministro Carlos Lupi e fizeram com o ministro do Esporte, Orlando Silva, sem, no entanto, nada ainda ter sido comprovado, a não ser que o acusador é, comprovadamente, bandido e testemunha da revista Veja, a revista porcaria, que faz um jornalismo de esgoto.

Contudo, os homens e as mulheres da imprensa não tem voto e também, para o desgosto deles, não tem mais a primazia do controle total da informação como tinham em outros tempos. Por isso, eles combatem a disseminação da banda larga pelas mãos do Governo Federal. Então, viva a internet e as redes sociais! Ministro Paulo Bernardo: cadê a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo.

É assim que funciona o sistema midiático associado aos interesses do capital internacional. E parte da classe média que passou 40 anos a ver a Globo e a ler publicações como a Veja compartilha dessas “ideias”. Mas o que me chama a atenção mesmo é a hipocrisia dos atores da Globo. Eles dizem que Belo Monte é o diabo encarnado em um vídeo que lembra o teatro comercial que eles há anos fazem e ainda o chamam de arte. Não é possível que por questões ideológicas, políticas ou apenas implicância que a TV Globo e alguns de seus atores participem de um vídeo que tem por objetivo travar e boicotar o desenvolvimento do povo brasileiro, principalmente o que mora na região norte.

A luta e até mesmo a guerra entre os países tem como fundo de pano o controle das diferentes energias. Vide Iraque, Líbia e Afeganistão. O Brasil que é um País abençoado com milhares de rios, riachos e igarapés tem acesso e facilidade para se beneficiar com a energia proveniente das águas, que é considerada limpa e segura, contanto que sejam respeitados os relatórios e os cálculos dos engenheiros, geólogos, geógrafos, ambientalistas e outros profissionais que participam do esforço da construção de Belo Monte, um projeto de quase 40 anos que enfim está a sair do papel.

O Governo que há anos tem enfrentado batalhas jurídicas e as vencido, agora tem de, finalmente, começar a importantíssima obra do PAC, que vai gerar 80 mil empregos e vai ofertar luz e energia para os brasileiros do norte, que poderão ter mais uma oportunidade para desenvolver suas cidades e seus estados. Enquanto nossos artistas “globais” manipulam a informação para confundir a sociedade brasileira, os moradores nortistas querem a obra, porque sabem que através do acesso à energia poder-se-á ter indústrias, modernização da lavoura, surgimento de comércio, como padarias, supermercados, frigoríficos, construção civil, hospitais, escolas e todo tipo de segmento econômico e social. Sem energia não há desenvolvimento. Esta é a verdade.

Obviamente que eu também prezo pelo controle e fiscalização para que os impactos ambientais não sejam maiores dos que os previstos. E é o que está a ser feito. O resto é conversa dissimulada de gente que não conhece esse assunto e vai participar de vídeo que beira ao ridículo. O que esses atores pensam que o cidadão brasileiro é? Um idiota? Que não sabem como a banda toca em suas vidas, suas realidades e dificuldades? Será que eles pensam que os brasileiros nortistas não querem o que os do Sudeste tem, que é o desenvolvimento, apesar das contradições e paradoxos sociais?

Quem eles pensam que são para combater uma obra que vai conduzir o Brasil para sua independência no que concerne à geração de energia? O sonho de todo país e qualquer povo ou nação. Itaipu, Tucuruí, Chesf e outras hidrelétricas são exemplos disso. Imaginem o Brasil sem a hidrelétrica de Itaipu? Imaginaram? O que eles querem? Em nome de quem eles falam? Quem está por trás dessa novela de péssimo acabamento, que é o vídeo? Será que eles pensam que estão a fazer uma novela e repetem frases de seus scripts que eles apenas decoraram? Qual é a intenção? Eles tem de dizer pelo menos que o vídeo, para variar, é uma imitação de outro vídeo dirigido pelo diretor de cinema Spielberg para que os estadunidenses saíssem de suas casas para votar. Pelo menos informar isso. Dizer que nem para fazer o vídeo houve originalidade.

É o fim da picada! Os mauricinhos e as patricinhas noveleiros falar de um assunto que não tem conhecimento técnico. E por quê? E para quem? E por quais motivos e intenções? Já não basta o Brasil ter de enfrentar países poderosos para conquistar sua autonomia ainda tem que se deparar com gente completamente despolitizada e que pensa, soberbamente, que é formadora de opinião, coisa que nem mais os jornalistas o são, como ficou comprovado com a derrota de José Serra em 2010, candidato à Presidência evidentemente apoiado pela imprensa burguesa e privada. Esse pessoal não se enxerga.

Então, Belo Monte vai acabar com o Pará e quiçá com o País, que serão inundados e ficarão sob a destruição de uma hecatombe ambiental. Vamos lá, pois: o Brasil tem quase 200 milhões de habitantes, um PIB de R$ 3,25 trilhões, um mercado interno poderoso que impediu o País de sofrer problemas econômicos graves advindos da crise internacional de 2008, além de ser a sexta economia do mundo, a superar países como a Inglaterra, a Itália e a Espanha, bem como exerce liderança reconhecida em fóruns como os Brics, o G-20 e o Mercosul, sem esquecer de citar que o poderoso País sulamericano de língua portuguesa, basta dar tempo ao tempo e ter paciência, vai ainda assumir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.

Para finalizar, quero informar que os artistas e quem está por trás deles e que se comportam como especialistas em geração de energia e impacto ambiental sugiriram que o Brasil opte pela energia eólica e solar. Os parques eólicos demandam vento e geralmente são instalados em litorais e ocupam enormes espaços. Como, por exemplo, fazer isso em nosso litoral, que é fortemente turístico, setor da economia que gera muita renda e emprego, ainda mais que o brasileiro está a viajar com muito mais freqüência do que antes, por causa do quase pleno emprego e do aumento salarial, além do aumento visível de turistas estrangeiros que aportam neste País tropical.

E a energia solar. Outra sugestão dos nossos artistas especialistas completamente urbanos que não tem a mínima ideia da área que é necessária para produzir 100 megawatts dessa modalidade de energia. A hidrelétrica de Belo Monte vai produzir inicialmente 11 mil megawatts. É energia suficiente para dar um impulso de desenvolvimento à região Norte e a um estado, o do Pará, que é demograficamente quase vazio. As terras que vão ser alagadas pelo lago comportam uma área de 516 quilômetros quadrados. O Estado do Pará possui uma área de 1.247.689,515 quilômetros quadrados. Ou seja, o lago a ser formado vai ocupar área equivalente a 1/2400 da área do estado marajoara, que tem apenas sete milhões de habitantes, sendo que dois milhões moram na capital Belém.

E aí o Brasil e o cidadão brasileiro tem de agüentar alardes infundados, oposição baseada em má-fé e especialistas que não entendem patavinas de energia via hidrelétrica, como a de Belo Monte, que vai ser a terceira maior do mundo e que vai dar fôlego, sobremaneira, ao desenvolvimento da região Norte que precisa, sim, ser ocupada pelo nosso povo e não por estrangeiros e suas ONGs. Então, para lembrar. Belo Monte vai alagar 1/2400, ou seja, quase nada por cento das terras do Pará e esses artistas, a mando de não sei quem (mas sei) consideram Belo Monte um atentado à natureza, sem sequer ter conhecimento do planejamento e do plano da obra.

Tem uma mocinha no vídeo que fala, quase escandalizada: “Vai custar R$ 24 bilhões! É muito dinheiro!”. Como se investir no Brasil e no seu povo fosse questão meramente contábil, de passivo, como se fosse débito ou prejuízo. É ter a cabeça muito pequena. É pensar pouco porque se recusa a usar o cérebro. Agora, a outra pergunta que não quer calar: “Mocinha, você sabe qual é o PIB brasileiro?” Eu já o citei neste mesmo artigo. O nosso PIB é de R$ 3,25 trilhões e a obra, segundo o Governo, custará R$ 24 bilhões. Você sabe o que é isso? Então, pare para pensar e vai estudar teatro, que por sinal requer talento, disciplina e conhecimento sobre a condição humana para representar com qualidade e excelência.

Entretanto, apesar de existir pessoas que não acreditam no Brasil e que querem, mediocremente, que este País se comporte como pequeno, não vai dar para atendê-las. Infelizmente, para elas. Portanto, faço mais uma pergunta que não quer calar: como o Brasil, que tem um mercado interno poderoso e importante vai atender suas demandas sem energia, porque a TV Globo e a imprensa comercial privada, ONGs financiadas por banqueiros e parcela conservadora da sociedade brasileira querem porque querem que a hidrelétrica não seja construída. Pense bem. Imagina um coisa insensata dessa? Afirmo e repito: a imprensa privada não tem compromisso com o Brasil, porque ela é alienígena e faz parte da estrutura do sistema de poder dos mercados nacionais e internacionais. Belo Monte tem de ser construída e depois inaugurada. É uma questão de estratégia e de sobrevivência e independência do Brasil. É isso aí.

Davis Sena Filho

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Poster for N17 Mass Direct Action: Print and Post Freely!

Comunicado Brigadas Populares sobre a USP.

Comunicado Brigadas Populares sobre USP












DEMOCRACIA SIM, CACETETE NÃO!

Manifestamos nossa solidariedade aos estudantes mobilizados da USP, pois acompanhamos com estarrecimento a truculência policial acobertada por um teatro cínico, hipócrita e distorcido que foi e está sendo promovido pelos grandes meios de comunicação.
Sabemos que a reivindicação colocada está no bojo da questão central que estrangula a produção do saber e da crítica nas Universidades brasileiras: A ausência de democracia real.
A USP, a exemplo de outras Universidades, é conduzida pela “pequena política” que visa assegurar a reprodução da condição dependente do Brasil, acoplando a produção intelectual e científica aos interesses da tríade “empresa-universidade-estado” comandada pelos países centrais.
Sabemos que a superação da “pequena política” passa pela radicalização da democracia. Mais do que o poder de eleger, queremos o poder de depor. Mais do que ampliar a representação, queremos o poder de definir diretamente os rumos da política. Assim, caminharemos na construção da Universidade Necessária reivindicada pelo mestre Darcy Ribeiro. Uma Universidade que dialogue efetivamente com as necessidades e expectativas do povo brasileiro.
Fazemos essa reflexão, pois é ampliando nossos horizontes que conseguiremos avançar sobre o estado atual de coisas. A mesma polícia que reprime hoje os estudantes da USP é a que cotidianamente estrangula o povo nas periferias, ocupações urbanas e demais espaços de contradição entre os interesses do capital e os da vida.
Prestamos nosso apoio, entendendo que o passo dado atrás na democracia pela tríade “Alkmin-Rodas-polícia” poderá impulsionar estudantes, técnicos e professores a dar dois passos à frente na radicalização da democracia na USP. O que, sem dúvida alguma, gera repercussão por todo Brasil.

Saudações de luta!
Brigadas Populares
São Paulo, 10 de novembro
Publicado em http://brigadaspopularesrj.blogspot.com/

Crise na USP: "Folha de São Paulo" continua semeando ditabrandas.

Publicado em Ousar Lutar Ousar Vencer por Celso Lungaretti

O jornal da ditabranda, sempre travando o mau combate, mobilizou seus pesquisadores de opinião para dar argumento aos defensoreres da escalada autoritária na Universidade de São Paulo.
Gostou tanto do resultado que o trombeteou na capa: "58% dos alunos da USP apoiam a PM no campus".
Nenhuma novidade. Também em 1968 os estudantes de Exatas e Biológicas, em sua maioria, queriam apenas o diploma, a profissão bem paga, a carreira e o status. Que a cidadania fosse para o diabo. Que o povo continuasse pisoteado pelas botas militares.
A liberdade só era prioridade para os alunos de Humanas, como continua sendo até hoje.
E os reacionários da época usavam o mesmíssimo bordão contra os justos e os idealistas: universidade é lugar para estudar, não para fazer baderna.
Agora acrescentam: nem para se fumar maconha.
Pois bem, não fujo da raia e afirmo com todas as letras: hoje, os que apenas desempenham cegamente suas profissões, sem levarem em conta os efeitos sociais que elas produzem, desprovidos de espírito crítico, alheios à terrível desigualdade que tudo corrompe e a tudo distorce, contribuindo para que o capitalismo continue nos conduzindo a todos para os abismos econômico e ecológico, são mais perniciosos do que os maconheiros.
Não é neste nível que deve ser colocada a discussão, claro!
Mas, os empedernidos fascistóides não cansam de apelar para a demagogia mais rasteira, distorcendo os reais motivos da crise ao omitirem:
que se tratou da consequência inevitável das decisões atrabiliárias de um reitor ultradireitista até a medula;
que o movimento estudantil sempre foi contra a presença de brucutus fardados no campus; e
que a prisão dos três jovens não passou da gota d'água que entornou o copo.
Nesta comédia de erros e de falácias, o mais inaceitável é a miopia e pequenez moral dos velhos e novos esquerdistas que se deixam intimidar pelos rolos compressores midiáticos e se omitem do DEVER de darem integral apoio ao movimento estudantil -- o qual, com todas as limitações atuais, é quem carrega as esperanças de um Brasil melhor.
O outro lado só nos promete injustiças e mais injustiças, alienação e mais alienação, repressão e mais repressão.

Celso Lungaretti é jornalista e escritor.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

“Brasão da PM paulista é um tapa na cara do povo brasileiro”

Gilberto Maringoni: “Brasão da PM paulista é um tapa na cara do povo brasileiro”

Brasão da PM paulista celebra golpe militar e repressão a revoltas sociais

A mobilização dos estudantes da USP coloca em discussão o papel da Polícia Militar no trato das questões sociais. Valeria a pena estender a discussão até ao brasão da PM. Não é mero detalhe. Trata-se de uma exaltação da truculência contra a mobilização social. Na lista de feitos, entre outras coisas, há a exaltação a um golpe de Estado (1964) e louva-se a repressão a três mobilizações populares (Canudos, Revolta da Chibata, Greve de 1917). O artigo é de Gilberto Maringoni.

por Gilberto Maringoni, em Carta Maior, sugestão de ZePovinho e Gil Teixeira

Nesses dias em que se discute a presença ou não da Polícia Militar no campus da Universidade de São Paulo, por solicitação de seu reitor, João Grandino Rodas, vale a pena levantar uma lebre que poucos conhecem.

Independente da correção ou não da ocupação da reitoria da USP pelos estudantes, o certo é que eles foram vítimas de uma truculência policial desmedida. É mais um entulho da ditadura que volta e meia mostra que está aí acordado.Os alunos da USP poderiam ampliar suas demandas internas e se somarem a inúmeras entidades de defesa dos direitos humanos, familiares e jovens pobres que desde sempre têm sido vítimas da brutalidade das forças de segurança.

Poderiam começar sua ação examinando o brasão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O brasão em questão não é coisa pouca. É um tapa na cara do povo brasileiro.

O brasão, como obra de design, é primário. (Atenção, não é o logotipo estampado em uniformes e viaturas). Como símbolo, é uma ode à truculência e à brutalidade das classes dominantes. Trata-se da seguinte peça, conforme descrito no site da PM:

“O Brasão-de-armas da Polícia Militar do Estado de São Paulo é um Escudo Português, perfilado em ouro, tendo uma bordadura vermelha carregada de 18 (dezoito) estrelas de 5 (cinco) pontas em prata, representando marcos históricos da Corporação”.

Aqui vai ele. Eis a descrição da peça, sempre segundo o site:

ESTRELAS REPRESENTATIVAS DOS MARCOS HISTÓRICOS DA CORPORAÇÃO

1ª ESTRELA -15 de Dezembro de 1831,criação da Milícia Bandeirante;

2ª ESTRELA – 1838, Guerra dos Farrapos;

3ª ESTRELA – 1839, Campos dos Palmas;

4ª ESTRELA – 1842, Revolução Liberal de Sorocaba;

5ª ESTRELA – 1865 a 1870, Guerra do Paraguai;

6ª ESTRELA – 1893, Revolta da Armada (Revolução Federalista);

7ª ESTRELA – 1896, Questão dos Protocolos;

8ª ESTRELA – 1897, Campanha de Canudos;

9ª ESTRELA – 1910, Revolta do Marinheiro João Cândido;

10ª ESTRELA – 1917, Greve Operária;

11ª ESTRELA – 1922, “Os 18 do Forte de Copacabana” e Sedição do Mato Grosso;

12ª ESTRELA – 1924, Revolução de São Paulo e Campanhas do Sul;

13ª ESTRELA – 1926, Campanhas do Nordeste e Goiás;

14ª ESTRELA – 1930, Revolução Outubrista-Getúlio Vargas;

15ª ESTRELA – 1932, Revolução Constitucionalista;

16ª ESTRELA – 1935/1937, Movimentos Extremistas;

17ª ESTRELA – 1942/1945, 2ª Guerra Mundial; e

18ª ESTRELA – 1964, Revolução de Março.

Na lista, há a exaltação a um golpe de Estado (1964) e a uma rebelião oligárquica (1932). Louva-se também a repressão a três mobilizações populares (Canudos, Revolta da Chibata, Greve de 1917), ao levante comunista de 1935, a Coluna Prestes (1926) e homenageia-se outras missões cumpridas.

Há soldados e oficiais valorosos na história da Polícia Militar paulista. Há também vários elementos que compõem e compuseram sua banda podre. É da conta, acontece em qualquer agrupamento humano.

Mas manter um símbolo exaltando a repressão sangrenta e covarde a manifestações democráticas é um acinte à democracia.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto

por Nina Crintzs, no blog do Luis Nassif, por sugestão de Lu Witovisk

Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.

Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.

Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem.

Minha mãe é uma heroína – mãos dadas comigo o tempo todo, segurando para não chorar. Ela mesma mais destruída do que eu. E os médicos famosos viam os resultados das ressonâncias magnéticas feitas com prata contra seus quadros de luz – mas não olhavam para mim. Alguns dos exames são medievais: agulhas espetadas pelo corpo, eletrodos no córtex cerebral, “estímulos” elétricos para ver se a partes do corpo respondem. Partes do corpo. Pastas e mais pastas sobre mesas com tampos de vidro. Colunas, crânio, córneas. Nos meus olhos, mesmo, ninguém olhava.

O diagnóstico de uma doença grave e incurável é um abismo no qual você é empurrado sem aviso. E sem pára-quedas. E se você tá esperando um “mas” aqui, sinto lhe informar, não tem. Não no meu caso. Não teve revelação divina. Não teve fé súbita em alguma coisa maior. Não teve uma compreensão mais apurada das dores do mundo. O que dá, assim, de cara, é raiva. Porque a vida já caminha na beirada do insuportável sem essa foice tão perto do pescoço. Porque já é suficientemente difícil estar vivo sem esta sentença de morte lenta e degradante. Dá vontade de acreditar em Deus, sim, mas só se for para encher Ele de porrada.

O problema é que uma raiva desse tamanho cansa, e o tempo passa. A minha doença não me define, porque eu não deixo. Ela gostaria muitíssimo de fazê-lo, mas eu não deixo. Fiz um combinado comigo mesma: essa merda vai ter 30% da atenção que ela demanda. Não mais do que isso. E segue o baile. Mas segue diferente, confesso. Segue com menos energia e mais remédios. Segue com dias bons e dias ruins – e inescapáveis internações hospitalares.

A neurologista que me acompanha foi escolhida a dedo: ela tem exatamente a minha idade, olha nos meus olhos durante as minhas consultas, só ri das minhas piadas boas e já me respondeu “eu não sei” mais de uma vez. Eu acho genial um médico que diz “eu não sei, vou pesquisar”. Eu não troco a minha neurologista por figurão nenhum.

O meu tratamento custaria algo em torno de R$12.000,00 por mês. Isso mesmo: 12 mil reais. “Custaria” porque eu recebo os remédios pelo SUS. Sabe o SUS?! O Sistema Único de Saúde? Aquele lugar nefasto para onde as pessoas econômica e socialmente privilegiadas estão fazendo piada e mandando o ex-presidente Lula ir se tratar do recém descoberto câncer?

Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. Se isso implica em uma carga tributária pesada, eu pago o imposto. Eu e as outras 30.000 pessoas que têm o mesmo problema que eu. É pouca gente? Não vale a pena? Todos os remédios para doenças incuráveis no Brasil são distribuídos pelo SUS. E não, corrupção não é exclusividade do Brasil.

O maior especialista em Esclerose Múltipla do Brasil atende no HC, que é do SUS, num ambulatório especial para a doença. De graça, ou melhor, pago pelos impostos que a gente reclama em pagar. Uma vez a cada seis meses, eu me consulto com ele. É no HC que eu pego minhas receitas – para o tratamento propriamente dito e para os remédios que uso para lidar com os efeitos colaterais desse tratamento, que também me são entregues pelo SUS. O que me custaria fácil uns outros R$2.000,00.

Eu acredito em poucas coisas nessa vida. Tenho certeza de que o mundo não é justo, mas é irônico. E também sei que só o humor salva. Mas a única pessoa que pode fazer piada com a minha desgraça sou eu – e faço com regularidade. Afinal, uma doença auto-imune é o cúmulo da auto-sabotagem.

Mas attention shoppers: fazer piada com a tragédia alheia não é humor, é mau gosto. É, talvez, falha de caráter. E falar do que não se conhece é coisa de gente burra. Se você nunca pisou no SUS – se a TV Globo é a referência mais próxima que você tem da saúde pública nacional, talvez esse não seja exatamente o melhor assunto para o seu, digamos, “humor”.

Quem me conhece sabe que eu não voto – não voto nem justifico. Pago lá minha multa de três reais e tals depois de cada eleição porque me nego a ser obrigada a votar. O sistema público de saúde está longe de ser o ideal. E eu adoraria não saber tanto dele quanto sei. O mundo, meus amigos, é mesmo uma merda. Mas nós estamos todos juntos nele, não tem jeito. E é bom lembrar: a ironia é uma certeza. Não comemora a desgraça do amiguinho, não.

Carta de Fóz do Iguaçu


O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.

Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:


A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;


A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;


A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.


A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.


A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.


Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.