domingo, 24 de janeiro de 2016

Delírios 2


Estou parado no centro de um cruzamento de várias ruas convergentes com grande fluxo de veículos. Estou assustado.
Todos esses veículos estão vindo em minha direção.
Grito.
Neste exato instante, todos os veículos mudam a sua direção, agora partem de mim e espalham-se em todas as direções através das ruas convergentes.
Não sei de onde surgem tantos veículos.
Fecho os olhos.
E, ao abri-los, todos os veículos param e de uma forma única mudam de cor, todos ficam purpura e continuam seus trajetos, ai percebo que a cada nova leva de veículos entrando em cada uma das ruas, as cores vão alterando e brilhando.
Quero correr.
E percebo que este fluxo multicolorido, vai piscando ou brilhando, sei lá e vão sumindo em uma pequena abertura que vai tragando um a um. Esta abertura encontra-se flutuando e não é vista, apenas os veículos vão sendo tragados. Apesar das várias ruas divergentes parece existir apenas um ponto de sugamento e que não pode ser visto.

Escrito na madrugada do dia 5 de março de 2012 em casa.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Delírios 1



Galhos surreais de um crisântemo azul que viola o espaço do subterrâneo brotando do teto de uma redoma circundada com chamas aquáticas de um fogo sideral roxo e amarelo que busca o primórdio da raiz enterrada no concreto gelatinoso desse pântano de excrementos.

Escrito na madrugada do dia 1 de fevereiro de 2012 em casa. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

As palavras

 

As palavras são palavras que palavreiam com situações situadas na visão do visionário com olhos tampados e ouvidos surdos, mas com a boca aberta que produzem mais palavras que remetem a imagens que te jogam em sons absurdos de um silêncio ensurdecedor na mais louca utopia real de um gozo sobre o asfalto azul todo permeado por plantas vermelhas que reivindicam um lugar ao sol negro irmanando com a noite clara sem pulsação mas com muita gana de uma vida dita sem palavras. 


Escrito na madrugada do dia 1 de fevereiro de 2012 em casa. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Pequenos textos


Agora parado, olhando fixamente para o infinito à minha frente sou surpreendido por veículos que passam rapidamente e construções que obstruem a visão do infinito.

Escrito em 17 de junho de 2011. 

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E, na noite escura um poste com três luminárias tenta clarear, mas apenas duas funcionam.
Escuro, claro fica.

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Um moleque de bicicleta estaciona e desce
Rápido
O moleque vai embora com a bicicleta.

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E passam três mulheres de mãos dadas, uma criança com a mãe e diversas pessoas sozinhas.
Nada tem em comum, apenas a pressa.

Escritos em 27 de junho de 2011. 


A foto foi tirada em um dia chuvoso da janela do apartamento em que moro. 


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Apenas uma estrela sozinha em Vitória da Conquista.


Uma estrela só
Nuvens
Névoa
Em um céu negro
E apenas aquela estrela

Resistindo com o seu brilho fraco e belo
Estrela só e azul
Nuvens
Névoa
Estrela só
Céu escuro

Escrito às 21:46H do dia 26 de julho de 2013 na mesa externa de um bar na cidade de Vitória da Conquista BA. 



Talvez círculos.

E, como disse anteriormente, estava mexendo em algumas coisas antigas e revivendo sentimentos, emoções e diversas outras sensações.

Aqui, o resultado de mexer em coisas antigas.


círculos concêntricos
              excêntricos circulares
    cônicos
               cilíndricos
 círculos
                              côncavos
               elípticos

circular em formação espiralada com tendência ascendente mas conforme o ponto de vista pode ser descendente.

círculos circunferentes
              convexos

um elevador movendo-se de maneira helicoidal em todos os sentidos.


Escrito em 5 de janeiro de 2012, só sei que na cidade de São Paulo SP, provavelmente em algum bar. 


Primeiro dia de um novo ano que ainda parece antigo

O meu primeiro dia de 2016 foi antigo, mas no sentido de que resolvi ver e ouvir coisas que me remetem ao passado, um ótimo passado, mas passado.

Revirei escritos, livros e fotografias, encontrei coisas que julgava perdidas e ouvi sons que pareciam sair de um túnel do tempo e outros que sempre ouço e que parecem que não envelhecem, mas me dediquei a um grupo sempre faz parte de minha vida - Tarancón. E, como sempre acontece fico alegre e feliz!

Assisti a shows do Tarancón apenas três vezes e em épocas distintas de minha vida, sendo que o último foi no SESC Belenzinho e foi emocionante.

Danço sozinho, canto e me sinto solto e leve!