À medida que os espíritos se corrompem, à medida que uma nação envelhece, na proporção em que a natureza é mais estudada, mais bem analisada, que os preconceitos são mais bem destruídos, tanto mais necessário se torna conhecê-los.
(...) quando o homem sopesou todos os seus freios, quando, com um olhar audacioso, mede suas barreiras, quando, a exemplo dos Titãs, ousa erguer até o céu sua mão intrépida e, armado apenas de suas paixões, como aqueles o estavam com as lavas do Vesúvio, não mais teme declarar guerra aos que outrora o faziam tremer, quando os desregramentos não lhe parecem mais que erros legitimados por seus estudos, não se deverá falar-lhe com a mesma energia que ele próprio emprega em sua conduta?
Marquês de Sade em Nota sobre romances ou a arte de escrever ao gosto do público, introdução do livro Os crimes do amor.
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