domingo, 28 de fevereiro de 2016

Liberdade


O homem é livre na exata medida em que tem o pode para existir e agir segundo as leis da natureza humana [...], a liberdade não se confunde com a contingência. E porque a liberdade é uma virtude ou perfeição, tudo quanto no homem decorre da impotência não pode ser imputado à liberdade. Assim, quando consideramos um homem como livre não podemos dizer que o é porque possa deixar de pensar ou porque possa preferir um mal a um bem [...]. Portanto, aquele que age e existe por uma necessidade de sua natureza, age livremente [...]. A liberdade não tira, mas põe a necessidade do agir.

Tratado Político, 2, §§ 7 e 11, G, III, pp. 279-80. 

Transcrito de Política em Espinosa, Marilena Chauí, Companhia das Letras, 2009, pag. 152. 

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